9.10.11

Present

Hoje acordei com sede de sangue. Com uma necessidade viciante de estar no caminho errado.
Hoje eu queria ter dominado o mundo e criado a república do ódio.
Hoje me deparei com a miséria do presente enquanto fugia do passado. E descobri que o futuro é a única saída.
Hoje me senti vivo, pelo menos até perceber que eu estava dormindo.
Hoje eu digeri meu orgulho e tinha gosto de câncer.
Hoje eu sangrei o vazio que me habita e percebi que o vazio era a única coisa presente.
Hoje eu não irei para o paraíso. Quem sabe para o inferno.
Hoje tudo é preto, branco e cinza apesar da vermelhidão.
Hoje a insanidade é a minha religião. E sou meu próprio Deus.
Hoje há dois de mim, mas um deles se esvai.
Hoje há o silêncio e o nada.
Amanhã será... exatamente como hoje.




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