20.11.11

Once uppon a time...

Era uma vez um garoto solitário e que vivia triste por ser diferente. Com o tempo ele fez alguns bons amigos, que eventualmente se tornaram pessoas detestáveis, e isso acabou fazendo com que ele ficasse mais triste ainda. Mas um belo dia, ele percebeu que sua tristeza era em vão, pois tinha tudo o que precisava para se sentir bem. Ele então ligou o 'FODAS' e vive muito bem até hoje.



13.11.11

Moving on

Amanhã completarei 19 invernos de vida. Mas quanto tempo eu realmente me recordo, quanto tempo eu realmente vivi? Talvez se eu juntar todos os momentos que me marcaram eu consiga contar um ano, mas temo que não seja suficiente para contar um mês. E é exatamente disso que minha agonia é feita. Da falta de memória principalmente, mas também do desejo carnal, do desespero por aceitação e da completa falta de compaixão. E é esse ciclo vicioso em que me encontro, que me deforma como pessoa, me induz ao erro e me engana sobra as pessoas.
Muitas vezes me indicaram a procurar por ajuda profissional, pois me ajudaria a resolver todos esses "problemas", mas sinto que se eu resolver tudo isso, não sobraria nada para me definir. Há muito não posso ser considerado o palhaço, muito menos o inteligente. Talvez eu continue sendo o sensato, mas essa palavra é só um modo carinhoso de chamar os covardes. E então sobra a tristeza, toda essa angustia que me faz decifrar as pessoas de modo único e sincero, que me faz sentir prazer no irreal e ignorar o real, que me faz sobreviver a essa opressão existencial e que, principalmente, me faz vivenciar os momentos de modo mais profundo e significativo. E então me pergunto, por que mudar? Para me tornar só mais um dentre tanta mediocridade? Eu escolho a infelicidade, por que ela me ensinou que ser feliz não é viver sorrindo as custas da falsidade alheia, mas sim estar de bem com qualquer que seja seu presente.
Me despeço, assim, de meus 18 anos de vida de forma plena e consciente.